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Escritora Solange Oliveira: A história por detrás da estória

As obras da escritora luverdense são destinadas aos gêneros infantil e juvenil. Ela lançará o quarto livro na Bienal de São Paulo.

Publicado em 25/07/2018 às 03:54
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Solange Oliveira Santos, escritora luverdense (Foto: Reprodução)

Solange Oliveira Santos, escritora luverdense (Foto: Reprodução)

Solange Oliveira Santos é mãe, mulher, professora e escritora. Natural de Canavieiras, na Bahia, escreve livros desde 2015, ano em que lançou sua primeira obra infantil. Graduada em pedagogia e biologia, leciona na Escola Municipal Menino Deus, em Lucas do Rio Verde. No dia 25 de julho, dia em que se comemora o Dia Nacional do Escritor, Solange compartilhou com o Portal da Cidade um pouco de sua história e inspiração para suas obras.

A escritora luverdense já escreveu quatro livros. O primeiro foi lançado em 2015 sob o título ‘Tinha tudo para dar errado... mas deu certo!’. A obra foi inspirada no intuito de abordar assuntos relevantes como bullying, inclusão social e preconceito racial, ao público infantil. A professora afirma que já sofreu situações de bullying na infância e juventude, além de acompanhar as experiências da filha de 15 anos, que passou por situações muito semelhantes, assim, de forma leve, descontraída e mais ilustrativa, a escritora consegue compartilhar aos pequenos leitores um pouco de sua experiência de vida e de quão importante é o respeito com todas as pessoas, independentemente de cor, ou naturalidade.

A segunda obra foi lançada em 2016, em parceria com os alunos do segundo ano da escola em que trabalha, além de contar com o investimento de uma instituição privada. O ‘Vida de uma Árvore’ fala de meio ambiente e sustentabilidade, e também é direcionado ao público infantil. Já em 2017, com a ajuda de duas psicólogas, Regina Mara Rodrigues, de Lucas do Rio Verde, e Greta Wille Schnack, do Mato Grosso do Sul, a escritora lançou o volume dois do livro ‘Tinha tudo para dar errado... mas deu certo!’, dessa vez, focando o público juvenil, com menos ilustrações e mais linguagem escrita.

Neste ano, o lançamento do quarto livro será durante a Bienal de São Paulo, evento que reúne mais de meio milhão de pessoas. Ao Portal da Cidade, Solange conta que o livro ‘Ser Borboleta’ abordará questões de identidade e autenticidade, escolhas e desafios, o ‘ser’ ao invés do ‘ter’.

“Ela inicia o ciclo da vida da borboleta, a questão da superação, dos desafios que ela tem pela frente, os obstáculos. Ela busca amizades, mas as amizades sempre pedem algo em troca [...], então ela começa a levantar alguns pontos de interrogação e segue o caminho mais correto. Ao invés de ter, ser” – explicou a autora da obra.

Toda estória, carrega um pouco da história do autor, sejam por meio de suas experiências diretas ou indiretas, próprias ou presenciadas. Como dizia Jorge Amado, um dos grandes nomes da literatura brasileira, “o escritor verdadeiro é aquele que escreve sobre o que ele viveu", e com a escritora luverdense não poderia ser diferente. Quando questionada sobre a possibilidade de uma nova obra, a professora adiantou:

“Tem três anos que estou escrevendo, minha meta é escrever um livro por ano. Então, a gente acaba de escrever um e já está planejando o outro. [...] Agora estou escrevendo sobre minha filha Flora, que tem síndrome de Down. Escrevo um capítulo por mês e pretendo finalizar quando ela completar dois anos, com vinte e quatro capítulos escritos. Então vou retratar sobre o desenvolvimento dela. ” 


Solange Oliveira, escritora

Superação

"Esse é o meu maior desafio, buscar transformar o ambiente em que vivo, superando as dificuldades."

Solange Oliveira, escritora


Com mais de um livro de experiência, a escritora comemora o Dia Nacional do Escritor pela quarta vez. Para ela, para ser um bom escritor é preciso ser um “bom leitor, bom pesquisador e estar sempre inovando”, ou seja, “estar sempre pesquisando, lendo e buscando informação”. Praticar a escrita também é muito importante, e embora existam muitos desafios, quando se é escritor, o resultado final vale sempre a pena.

"O maior desafio do escritor é despertar o interesse e a curiosidade dos leitores à sua obra. Quando eu chego e alguns pais me encontram e dizem: ‘Comprei seu livro, e meu filho adorou’, e que deu resultado na leitura, eu fico bem satisfeita. Esse é o meu maior desafio, buscar transformar o ambiente em que vivo, superando as dificuldades. Como a borboleta, quero um mundo melhor!” – finalizou a escritora.

Dia Nacional do Escritor 
A data é uma homenagem aos homens e mulheres que se dedicam às palavras escritas, seja em textos científicos ou fictícios. A ideia de homenagear todos os escritores no dia 25 de julho surgiu a partir do 'I Festival do Escritor Brasileiro', organizado na década de 1960, pela União Brasileira de Escritores, sob a presidência de João Peregrino Júnior e Jorge Amado.


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